terça-feira, 18 de junho de 2013

Dilma: "O Brasil hoje acordou mais forte"


Em um discurso no qual fez longos comentários sobre os protestos dos últimos dias, a presidente Dilma Rousseff (PT) falou de improviso durante pouco mais de um minuto e garantiu que seu governo "está ouvindo as vozes pela mudança".

Durante o anúncio do novo marco regulatório da mineração, nesta terça-feira (18), a presidente afirmou que a sua geração sabe o quanto “custou” a democracia, em referência aos protestos ocorridos no país nos últimos dias por diversas razões, sintetizadas pela presidente como uma “mensagem direta das ruas” de repúdio à corrupção e por mais participação popular em decisões dos Três Poderes.

“O Brasil hoje acordou mais forte. A grandeza das manifestações de ontem comprovam a energia da nossa democracia, a força da voz da rua e o civismo da nossa população”, disse a presidente.

Dilma afirmou ser “bom” ver jovens e adultos empunhando bandeiras do Brasil e cantando o Hino Nacional, “dizendo com orgulho ‘eu sou brasileiro e defendendo um país melhor'”.  A presidente disse que o país deve louvar o caráter pacífico dos atos ocorridos ontem (17) em dez capitais do país, reunido mais de 220 mil pessoas no total.

“Essas vozes das ruas precisam ser ouvidas. Elas ultrapassam, e ficou visível isso, os mecanismos tradicionais das instituições, dos partidos políticos, das entidades de classe e da própria mídia. [...] Essa mensagem direta das ruas comprova o valor intrínseco da democracia, da participação dos cidadãos em busca dos seus direitos. E eu vou dizer aos senhores: a minha geração sabe quanto isso nos custou”, acrescentou a presidente.

A presidente afirmou que o governo quer ampliar o acesso à educação e à saúde e compreende que as exigências da população mudam. “Mudam quando nós mudamos também o Brasil. Porque incluímos, porque elevamos a renda, porque ampliamos o acesso ao emprego, porque demos acesso a mais pessoas a educação, surgiram cidadãos que querem mais e que têm direito a mais”, disse a presidente.

Ela, porém, lamentou os atos “minoritários” de violência. “Sabemos que toda violência é destrutiva, lamentável e só gera mais violência”, declarou.

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