Desde de julho de 2017 o ajuste do petróleo se tornou diário, com isso o preço do óleo diesel da Petrobras já subiu 121 vezes depois disso, representando uma alta de mais de 55% segundo CBIE.
Em um pouco mais de um ano o litro passou de um real e cinquenta centavos para dois reais e trinta e quatro centavos. Os caminhoneiros estão protestando em vários Estados do país por conta desse aumento abusivo.Neste ano de 2018 o preço do diesel já teve alteração 38 vezes. A empresa anunciou que não possui laços governamentais em relação a alteração de preço e sim tem acompanhado a inflação internacional do produto.
A empresa reitera que os preços dos combustíveis contribuem diretamente ao caixa do governo, e não somente para a Petrobras. Mas também pesa no orçamento das famílias de possuem baixa renda na economia do país.Do preço final das bombas de gasolina, apenas 55% é repassado as refinarias, 29% é repassado ao governo em forma de impostos, 7% vai para os fornecedores e 9% para as distribuidoras.
Entre os valores repassados ao governo seria teoricamente uma parte da Cide que é o órgão criado para balancear os ajustes dos preços não deixando que quando subisse alterasse de forma brusca o valor final aos consumidores. Porém essa verba não tem sido utilizada com essa finalidade.A alta da cotação do petróleo e dos seus derivados neste ano foi provocada por fatores geopolíticos e a tendência é que os preços se mantenham elevados nos próximos meses. A demanda superou as expectativas em 1,8 milhão de barris por dia (bpd) neste primeiro semestre. E o esperado é que assim permaneça até o início de 2019.
Aliado a isso, sem dinheiro para investir, a Venezuela reduziu sua produção de petróleo de 2,5 milhões de bpd, em 2016, para 1,5 milhão de bpd, atualmente, segundo o diretor para a América Latina da consultoria IHS Markit, Ricardo Bedregal, que projeta uma retração ainda maior da produção venezuelana no ano que vem, para 700 mil bpd.No cenário internacional, ainda pesa a sanção americana ao Irã, que deve representar um corte de mais 250 mil bpd no segundo semestre deste ano, podendo chegar a 500 mil bpd no ano que vem. Bedregal destaca que, em junho, a Opep se reunirá para decidir se compensará essa queda da oferta ou se manterá os volumes atuais para que o barril chegue a US$ 80, decisão especialmente favorável à Arábia Saudita. Uma contribuição é esperada, no entanto, dos Estados Unidos, que ainda têm folga para aumentar a produção em 600 mil bpd.“A relação entre oferta e demanda deve permanecer apertada durante todo este ano e pode ter algum alívio no ano que vem. Se a cotação se mantiver na casa de US$ 70 será muito bom para a Petrobras, que assim conseguirá bater a meta de alavancagem do fim do ano (de 2,5x) com facilidade. Com dinheiro entrando, a empresa também vai poder retornar ao mercado internacional”, diz Bedregal, complementando que a estatal vem demonstrado interesse em ativos de gás natural no exterior.
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