sábado, 19 de maio de 2018

Apesar de queda em roubos no Rio, crime triplica em algumas áreas do estado

PMs reforçam patrulhamento na orla do Rio

Em abril deste ano, os roubos contra pedestres e de veículos — considerados dois dos principais índices de segurança — registrados no Estado do Rio diminuíram em relação ao mesmo mês do ano passado. No entanto, essa queda não é homogênea e há áreas no estado em que esses números triplicaram.
No ano passado, foram registrados 8.543 roubos contra pedestres no estado. No mesmo mês deste ano, foram 7.602, uma queda de 11%. A área da 75ª DP (Rio do Ouro), em São Gonçalo, foi contra essa tendência e teve o maior aumento no número de casos, passando de 100 em 2017 para 298 em 2018. O índice triplicou. Já na área da 123ª DP (Macaé), o número mais do que duplicou: foram 86 casos este ano contra 39 em 2017.Já na outra ponta, a 14ª DP (Leblon) alcançou uma queda de 64%, indo de 88 registros para 32 este ano; outra queda acentuada foi nos registros da 28ª DP (Campinho): 58%, indo de 159 casos no ano passado para 66 em 2018.
Paulo Storani, antropólogo e ex-capitão do Bope, afirma que é comum que a diminuição ou aumento não sejam homogêneos.
— Muitas coisas podem contribuir para mudanças nos índices. Se a polícia prende os integrantes de uma quadrilha que agia em determinada área, por exemplo, é comum que os números ali diminuam. Mas o efeito não será o mesmo numa área vizinha — opina o especialista. Os ataques a motoristas caíram 4,8%
Os roubos de veículos no estado passaram de 4.891 no ano passado para 4.657 em 2018 — uma queda de 4,8%. Na área da 5ª DP (Mem de Sá), o índice quase quintuplicou, passando de 3 casos em 2017 para 14 em 2018. Na área da 28ª DP (Campinho), caiu 70%: 78 para 23 casos.
Para fazer os cálculos, o EXTRA excluiu locais com índices muito baixos nos quais o aumento ou diminuição pode se tratar de mera flutuação estatística. — Na atual circunstância, toda diminuição tem que ser comemorada, mas com parcimônia. Até porque os aumentos demonstram o nível que estamos, de falta de contenção policial — frisou Storani.

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