terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

“Só eu sei o que sofri”, declara Tiririca ao receber homenagem


Quem um dia imaginaria o sempre sorridente Tiririca aos prantos? Pois nesta segunda-feira (25) o humorista não conteve as lágrimas durante o Programa da Tarde. Ele se emocionou ao assistir uma retrospectiva sobre sua vida. A reportagem mostrou sua origem humilde nordestina, relatos de familiares e amigos, e também a batalha para crescer profissionalmente como palhaço. Mesmo depois de sair do palco, Tiririca continuava nervoso e conversou um pouco mais com o R7 sobre as dificuldades que enfrentou. — Fiquei muito emocionado e estou até agora. Estou tremendo. Sou um cara pra cima e não gosto de mostrar fraqueza. Procuro sempre ser firme para família, amigos. Aliás, sou mais brincalhão que o personagem Tiririca. Tanto que minha esposa vive falando para eu parar de brincar. Procuro transformar as situações em algo positivo. Por ser esse cara alto astral sempre, o humorista não gosta de relembrar sua história difícil. — Quando vejo minha luta, me deixa pra baixo. Só eu sei o que sofri! O que vai adiantar ficar triste? Resolve o problema? Por isso, tento quebrar os climões. Gosto de viver a vida. Mas essas coisas que passei pegam. Comi manga verde. Meu irmão trocou uma faca por rapadura e farinha porque não tínhamos o que comer. Ou seja, a batalha foi árdua para conquistar espaço. E, agora, com a carreira estabilizada, Tiririca tenta passar seus valores para os filhos. — Valorizo tudo que tenho e passei. Tanto que levei meus filhos para Fortaleza. Eles estavam vivendo uma vida artificial. A realidade é essa daqui, pé no chão total. Não é porque posso pagar que a luz tem que ficar acesa direto. Tem ar condicionado em todos os quartos. Mas saiu do quarto, desliga. É o mínimo. Para finalizar, se mostrou solidário com a situação do Brasil. — Essa história toda bate muito forte e me tira do Tiririca alegre. É um filme. Só imaginar minha família passando necessidade, de não ter o que comer. Sinto o que a galera passa até agora. Nordestino é esse esquema mesmo: com um salário, sustentando muitas pessoas.

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