quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Asteroide que vai “passar raspando” na Terra tem potência da bomba de Hiroshima

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Não é ficção científica! Um asteroide vai colidir com a Terra. Pode não ser nesta próxima sexta-feira (15), mas o perigo de uma pequena montanha voadora (de 45 a 50 metros de diâmetro e cerca de 130 mil toneladas de massa) colidir com o nosso planeta é real – e comprovado por especialistas. “Tem gente que ainda acha que o risco de choque de um asteroide é uma coisa de ficção científica. Mas, isto é absolutamente real. Já aconteceu no passado”, conta o doutor em Ciências pela USP e editor-chefe da revista Scientific American Brasil, Ulisses Capozzoli

Reprodução/Nasa

O DA14 vai passar muito perto da Terra, levando em conta as distâncias no espaço. “A passagem deste asteroide há mais ou menos 27 mil km de distância é muito pequena. Isto deve servir para nós como um alerta”, afirma Capozzoli

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Esta pequena montanha voadora, na máxima aproximação da Terra, atingira magnitude 8 (unidade de brilho). Portanto, ele não será visível a olho nu. O limite de observação para o olho humano, num céu escuro, está entre as magnitudes 5 e 6

Montagem/R7

O asteroide da série Apollo (que penetra o interior da órbita da Terra em torno do Sol), de 45 metros de diâmetro (meio campo de futebol) não oferece risco de colisão com o planeta, porém o cientista tem a certeza de que outro asteroide do tipo irá atingir a Terra no futuro – e temos que estar preparados para isso

Associated Press

O asteroide DA14 se desloca pelo espaço a aproximadamente 28 mil km/h. Portanto, com tanto peso e tão rápido, o choque de um asteroide do mesmo tamanho que o DA14 com a Terra seria equivalente a uma nova bomba atômica, como a jogada na cidade de Hiroshima na Segunda Guerra Mundial. “Imagine um martelo desse vindo do espaço, viajando a quase 30 mil km/h pesando 130 mil toneladas. É literalmente uma martelada na superfície da Terra. No caso deste asteroide, as estimativas que estão sendo feitas é que esta energia seria equivalente a de uma bomba atômica”, explica o cientista

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O cientista explica que a destruição seria significativa se a colisão acontecesse em uma área urbanizada – afinal, como a humanidade presenciou durante a guerra, tal energia seria capaz de pulverizar uma cidade média

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“Uma série de asteroides e cometas já atingiram a superfície da Terra. As estimativas do ponto de vista astronômico é que existem, pelo menos, 4.700 asteroides que podem se chocar com a Terra. Uma parte deles têm dois a três quilômetros de diâmetro. Este atual tem só 45/50 metros”, alerta o editor-chefe da revista Scientific American Brasil

Reprodução/MeteorCrater.com

Capozolli aponta para casos passados para justificar sua opinião. A cratera de Barringer, em Winslow, no Arizona (EUA) é um exemplo clássico. A cratera tem pouco mais de um quilômetro de diâmetro e 200 metros de profundidade. A estimativa é que o marco tenha sido criado por um meteorito (ou bólido) há 50 mil anos. O tamanho do bólido que atingiu o Arizona? O mesmo tamanho do asteroide que vai passar “raspando” na Terra na sexta!

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