terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Garotas angolanas dançam nuas em bares por cerca de 400 reais


Hoje, a maior parte das integrantes do grupo vive maritalmente e abandonou esta carreira. Tentámos contactar o referida “staff”, mas nenhuma delas se predispôs a falar sobre o assunto, pois, além de desconfiar que o nosso repórter tinha alguma ligação com a Polícia, tencionam esquecer tudo que fizeram na antiga vida.

Aquele grupo desapareceu das festas, mas a prática criada por si permaneceu e, actualmente, os municípios de Viana, Sambizanga, Cacuaco e Cazenga (este último li- dera a lista) estão minados de moças que dançam nuas. Os organizadores de eventos usam-nas como uma boa estratégia de angariação de cliente.

A estratégia consiste em colocá-las a dançar em palco, a princípio, seminuas e, em função do trabalho do animador e daquilo que o público pedir, terminar tirando toda a roupa. Nas festas, noites e principalmente nas raves, este tipo de actuação tornou-se indispensável para a satisfação de quem as frequenta.

Tomámos conhecimento que no município do Cazenga existem os grupos, “Rebola”, “Lambe lá”, “5 Letras”, “Maning nice” e “As Que se Mudam na Rua”; em Viana, “as C* russa”, “Mamã me Enxotou” e “as F*didas”; em Cacuaco, “as Vaco- nas” e no distrito do Rangel, “as Cú Quente”.

Numa rave, pelo que vimos num vídeo, dado o pendor organizativo, podem aparecer dois grupos (com mais de 3 moças) a partilharem o mesmo palco. Às vezes, quando um grupo está a ser menos aplaudido que o outro, as moças abandonam a rampa, procuram estar mais próximas dos espectadores, mostrando tudo, e acabam por se envolver sexualmente diante do público.

Embora não tenha chegado até àquele extremo, a jovem Tamima Star, pertencente ao grupo “as F*didas”, que existe há 2 anos, disse que para fazer este tipo de dança não precisa estar drogada, como muitas pessoas pensam. Aliás o único tipo de droga que consomem é a bebida alcoólica.

O grupo daquela jovem, que é composto de 9 meninas (apenas 3 dançam) é muito conhecido no município de Viana pelos organizadores de evento e, segundo ela, fazem aquele tipo de coisa para se divertir e também porque gostam de dançar. “Eu, particularmente, não conseguiria viver sem a dança”, disse a rapariga, que estava preparada para dançar na “publicidade” (uma pré-festa) do enceramento das raves do “collant chuchuado” e “tchuna baby”.

A jovem apresentou-se trajada de “collant” e uma blusa com os dizeres: “Eu nunca disse que prestava!”. Perguntada se aquela frase era o lema do seu grupo, disse que não, era simplesmente um “vaiser” – vontade de andar vestida com uma blusa com aquelas palavras.

Reconheceu que é uma loucura, aquilo que fazem, mas apesar de tudo, conseguem.

“Temos orgulho do que fizemos, apesar de existirem pessoas que nos criticam, nos ofendem, dizem que não valemos nada e nos chamam de prostitutas. Nós temos ignorado isto, porque quando estamos em palco, a coisa é outra”, encheu-se de vanglória.

Esta moda, das mulheres dançar nuas nos eventos, foi criada por um grupo chamado “Staff Bacona”, no município do Cazenga, bairro do Curtume. O grupo ganhou notoriedade, não só naquela zona, como em várias partes da cidade de Luanda, uma vez que os espectadores faziam vídeos da actuação e algumas destas gravações foram parar à internet.

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