sábado, 4 de agosto de 2012

BANDO CLONAVA CARTÕES EM PE E COMPRAVA EM ALAGOAS; OUTRO GRUPO TINHA DETENTO NA CHEFIA




Duas quadrilhas atuavam no esquema de clonagem de cartões de crédito em Alagoas. Segundo as investigações, um dos chefes da fraude comandava tudo de dentro de um dos presídios de Maceió e outro integrante, que foi preso durante a operação, clonava os cartões em Pernambuco e comprava os produtos em Maceió.

Sem revelar nomes para não prejudicar as investigações, que estão na reta final, o promotor Luiz Tenório explicou que o bando vendia as trilhas, informações com todos os dados do cartão de crédito. Com elas, eram feitos novos cartões com os dados dos clientes, mas com o nome dos fraudadores.


Segundo o promotor, os detalhes do esquema foram fornecidos pelos próprios presos. A maioria deles decidiu colaborar com o Ministério Público e com a polícia para ganhar o benefício da delação premiada. "Não havia como esconder, já que tínhamos filmagens, fotos e horas de conversas de interceptação telefônica, por isso, só restava ajudar", disse.

Os integrantes da quadrilha vinham sendo monitorados há oito meses e uma parte estava se preparando para aplicar o golpe em Salvador. A operação foi antecipada, segundo o MP, para evitar que eles fossem presos na Bahia por um crime menor, como uma simples falsificação.
 
Em uma sala do Gecoc, Tenório mostrou ao Tudo Na Hora várias fotos de festas oferecidas pelos acusados, de integrantes com maços de dinheiro e até do bando clonando os cartões. "Todo esse material será encaminhado na denúncia que estamos elaborando", frisou Luiz Tenório.
A quadrilha agia da seguinte forma: usavam lojas como pontos de coleta de dados de cartões de crédito de clientes, depois faziam a clonagem e partiam para grandes compras parceladas em redes de lojas em Maceió. Os produtos adquiridos eram revendidos para outros estabelecimentos a preço de custo.
O bando costumava gastar cerca de R$ 500 mil por mês. “As empresas de cartões de crédito preferiam arcar com o prejuízo do que tomar outras medidas e correr o risco de perder clientes”, afirma o promotor.


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