Uma espécie de besouro nunca antes vista foi descoberta nos abismos da caverna Krubera, considerada a mais profunda do mundo, localizada no maciço de Arabika, na região do Cáucaso. O local fica na fronteira entre a Europa e a Ásia, perto do mar Cáspio e Negro.
A caverna atinge cerca de 2.140 metros de profundidade, porém, a espécie de besouro Duvalius abyssimus foi encontrada em uma parte não tão profunda. A descoberta foi publicada na revista científica Zootaxa.
Os pesquisadores recolheram apenas dois exemplares, um macho e uma fêmea, que mostraram uma estrutura adaptável à vida subterrânea.
Em um comunicado, os coautores da descoberta, Ana Sofia Reboleira, pesquisadora das Universidades de Aveiro e de La Laguna, e Vicente M. Ortuño, da Universidade de Alcalá, afirmaram que a adaptação é moderada.
“As novas características da espécie indicam que (o besouro) é moderadamente adaptado à vida subterrânea”, disse Ortuño. “Prova disso é que eles ainda têm olhos, que são ausentes nas espécies cavernícolas altamente especializadas”.
A região no maciço de Arabika oferece muitos refúgios para criaturas que vivem em cavernas. A de Krubera, por exemplo, é composta de calcário da época Jurássico-Cretáceo nas partes inferiores e superiores.
Os mergulhadores experientes que atuam no local precisam passar por uma série de câmaras inundadas para chegar em lugares remotos da caverna, segundo comunicado divulgado pela Fundação Espanhola para a Ciência e Tecnologia, .
“A descoberta do novo besouro fornece dados importantes sobre as espécies que coexistem nestes ecossistemas quase desconhecidos, ainda mais quando eles são encontrados em uma área geográfica em que o acesso é muito difícil, como é o caso com esta caverna”, afirmou Ortuño em comunicado.
Fonte: O Globo Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário