quinta-feira, 30 de julho de 2020

as luzes dos parques se apagaram, a roda gigante já não passa de um monte de ferro empilhado. O carrinho de bate bate já não faz a alegria de crianças e adultos, desmontados sobre carretas um monte de ferro. Carrosséis infantis sem movimentos, não passam de bonecos sem vidas. Brinquedos enormes desmontados e guardados em carretas, onde quem olha não imagina a grandeza, não consegue distinguir desenhos. Tudo no tempo, no vento, na maresia, no sol e no sereno, perdendo a cor, perdendo o brilho, queimando as luzes e dando lugar a ferrugem. E as músicas, a alegria das crianças, a magia da alegria misturada com adrenalina e medo, foram apagadas junto com as luzes. Não temos mais o poder de levar o lúdico, de levar a mistura de luzes piscando. Ao acordar, vivemos a dura realidade de que estamos desamparados, que muitos parqueiros estão perdendo tudo o que conquistaram. E ao anoitecer a esperança de voltáramos a brilhar, de acendermos as luzes, da roda gigante voltar a girar, de ouvirmos os gritos das pessoas, de vermos a simplicidade do pipoqueiro, o carisma de quem vende algodão doce, da criança que pede só mais uma volta. A realidade é dura, entendemos o cenário que estamos vivenciando, só não entendemos o descaso do poder público com quem leva alegria, magia e cor a vida. Os parques em seus silêncios diários a quase 5 meses pedem socorro. Estamos falidos de risos e gritos, de músicas e cores, de crianças e idosos. A dor que sentimos podemos comparar a um coração que vai parando aos poucos, cada batida mais lenta desse coração é uma luz do parque se apagando, só não deixem elas se apagarem até morrer. #parquedediversoes #governofederal #rodagigante #adibra #alegria #covid_19 #ronaldocaiado #jairbolsonaro #pernabuco

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