Com uma frota de veículos cada vez maior em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) e a ampliação no fluxo em virtude das festas de final de ano, estacionar na região central da cidade já custa R$ 8 por hora. Isso se o motorista conseguir vaga.
Ribeirão Preto atingiu um total de 446.590 veículos em outubro, 24.993 a mais que no mesmo mês do ano passado, segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), um crescimento de 5,5% em sua frota.Com somente 1.479 vagas disponíveis em área azul e outras mil gratuitas distribuídas pela região central do município, a saída dos motoristas para conseguir fazer suas compras para o Natal e o Réveillon é apelar para os estacionamentos particulares que, no entanto, nunca cobraram tanto por uma vaga o valor da hora ou fração de hora --aquela parada rápida, de 10 a 15 minutos, por exemplo-- varia de R$ 3 a R$ 8, dependendo do tipo de veículo utilizado (motos, carros ou camionetes).
Só três das empresas ouvidas concediam descontos por hora adicional --quando o veículo fica mais de uma hora estacionado no local.
A região central tem 7.750 vagas rotativas, de acordo com o último levantamento feito pela Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto).
"Está complicado encontrar vaga até no [estacionamento] particular. Para conseguir estacionar no centro, só saindo mais cedo de casa", afirmou o contador João Batista Moretti, 53.
Ele vai de carro para o trabalho de segunda a sexta-feira e em todas as semanas recorre ao estacionamento privado para deixar seu veículo.
Apesar do preço, Moretti se disse conformado com o pagamento. "Não há muito o que fazer. Precisa estacionar o carro para trabalhar, não tem como não pagar", afirmou.
O ponto de acesso à região central também é decisivo na hora da cobrança. Quanto mais movimentado, mais caro fica estacionar.A alta nos preços de estacionamentos está diretamente relacionada ao preço do aluguel cobrado pelos terrenos, de acordo com o gerente de estacionamento Fernando Rego Barros, 51.
O valor mensal cobrado do estabelecimento em que Barros trabalha é de R$ 11 mil. Outra justificativa é a manutenção do estacionamento.
"Há um agravante além da frota já existente na cidade", afirmou. "Nesta época não dá para mensurar a quantidade de veículos de fora que circula em Ribeirão Preto. Então, o estacionamento está sempre lotado."
Em dezembro, o fluxo diário de veículos do estabelecimento chega a dobrar, de acordo com o gerente
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