sábado, 15 de dezembro de 2012

Chanceler israelense renuncia ao cargo após ser indiciado por fraude


O ministro de Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, renunciou ao cargo nesta sexta-feira após ser indiciado por abuso de confiança e fraude em um dos casos de corrupção em que é investigado. O processo contra ele foi aberto na quinta (13).
Lieberman era um dos principais integrantes do governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu e era o principal representante do Beitenu, partido de direita que faz coligação com o governista Likud. A renúncia acontece pouco mais de um mês antes da eleição parlamentar de janeiro.A principal acusação que pesava sobre Lieberman, de financiamento ilegal das campanhas eleitorais com utilização de empresas de fachada, foi arquivada, segundo um comunicado do procurador-geral Yehuda Weinstein.
"Depois de ter examinado o processo, cheguei à conclusão de que não há provas suficientes para acusá-lo no primeiro caso e decidi encerrá-lo", explicou Weinstein em um comunicado.
No entanto, Weinstein indiciou o ministro por "quebra de confiança e fraude" por ter recebido material oficial da investigação contra ele do ex-embaixador israelense em Belarus, Zeev Ben Arieh.
O enviado teria recebido os documentos do Ministério das Relações Exteriores, que buscava informações adicionais das autoridades de Belarus sobre Lieberman. O embaixador fez um acordo sobre o processo no início deste ano.
Nesse processo, ele corria o risco de ser acusado oficialmente de lavagem de dinheiro, suborno de testemunhas, abuso de confiança e fraudes, acusações pelas quais poderia ser condenado a mais de dez anos de prisão.
Os fatos envolvendo "vários milhões" de dólares remontam ao período 2001-2008 quando Lieberman era deputado e acumulava o cargo com uma série de pastas ministeriais (Infraestrutura Nacional, Transportes, Assuntos Estratégicos).
CUMPRE PROMESSA
Lieberman cumpriu a promessa de renunciar ao cargo de chanceler em caso de indiciamento por um dos casos de corrupção. Ele seguiu o mesmo caminho do ex-premiê Ehud Olmert, que saiu do poder em 2008 antes de imputado em casos de corrupção.
A saída do líder do Beitenu acontece em meio a um processo eleitoral em que a coalizão liderada por ele e Netanyahu estava à frente nas pesquisas de opinião. Netanyahu expressou seu "desejo" de que Lieberman "prove sua inocência".
"Acredito no Judiciário de Israel e o respeito. O direito de defesa que é dado a todos os cidadãos de Israel também é conferido ao ministro Lieberman", disse o premiê em breve comunicado emitido pouco depois que o procurador-geral anunciasse o indiciamento.



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