Em abril deste ano, os roubos contra pedestres e de veículos — considerados dois dos principais índices de segurança — registrados no Estado do Rio diminuíram em relação ao mesmo mês do ano passado. No entanto, essa queda não é homogênea e há áreas no estado em que esses números triplicaram.
No ano passado, foram registrados 8.543 roubos contra pedestres no estado. No mesmo mês deste ano, foram 7.602, uma queda de 11%. A área da 75ª DP (Rio do Ouro), em São Gonçalo, foi contra essa tendência e teve o maior aumento no número de casos, passando de 100 em 2017 para 298 em 2018. O índice triplicou. Já na área da 123ª DP (Macaé), o número mais do que duplicou: foram 86 casos este ano contra 39 em 2017.Já na outra ponta, a 14ª DP (Leblon) alcançou uma queda de 64%, indo de 88 registros para 32 este ano; outra queda acentuada foi nos registros da 28ª DP (Campinho): 58%, indo de 159 casos no ano passado para 66 em 2018.
Paulo Storani, antropólogo e ex-capitão do Bope, afirma que é comum que a diminuição ou aumento não sejam homogêneos.
— Muitas coisas podem contribuir para mudanças nos índices. Se a polícia prende os integrantes de uma quadrilha que agia em determinada área, por exemplo, é comum que os números ali diminuam. Mas o efeito não será o mesmo numa área vizinha — opina o especialista. Os ataques a motoristas caíram 4,8%
Os roubos de veículos no estado passaram de 4.891 no ano passado para 4.657 em 2018 — uma queda de 4,8%. Na área da 5ª DP (Mem de Sá), o índice quase quintuplicou, passando de 3 casos em 2017 para 14 em 2018. Na área da 28ª DP (Campinho), caiu 70%: 78 para 23 casos.
Para fazer os cálculos, o EXTRA excluiu locais com índices muito baixos nos quais o aumento ou diminuição pode se tratar de mera flutuação estatística. — Na atual circunstância, toda diminuição tem que ser comemorada, mas com parcimônia. Até porque os aumentos demonstram o nível que estamos, de falta de contenção policial — frisou Storani.
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