quinta-feira, 22 de abril de 2021

Feitosa quer esclarecimentos sobre compra de respiradores


 Uma compra de respiradores no valor de R$ 49 milhões pelo Consórcio Nordeste em 2020 foi questionada pelo deputado estadual Alberto Feitosa (PSC), na Reunião Plenária de hoje. Segundo ele, os equipamentos não foram entregues aos nove Estados que compõem o grupo – entre eles, Pernambuco, que teria participado da aquisição com quase R$ 15 milhões.

O parlamentar lembrou que o caso foi alvo de uma investigação da Polícia Civil da Bahia, em junho do ano passado, denominada Operação Ragnarok, que significa fim dos tempos. De acordo com Feitosa, o negócio teria sido intermediado pelo então secretário da Casa Civil daquele Estado, Bruno Dauster, que pediu demissão após a averiguação policial. Atualmente, o processo encontra-se no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“O Consórcio adquiriu, sem licitação, 300 respiradores da Hempcare. Essa empresa foi criada em 2019 para importação de derivados de maconha e só tinha R$ 710 mil de capital social”, relatou. Feitosa criticou o pagamento adiantado do valor, que não foi devolvido, mesmo sem a entrega dos respiradores. “O Governo Federal comprou milhares de vacinas e respiradores e não sofreu esse tipo de operação. Faltou zelo e competência. E, pelas investigações, há suspeita de irregularidades".

O deputado cobrou dos colegas da Assembleia que averiguem a aquisição, uma vez que até o Tribunal de Contas do Estado teria recebido poucas informações sobre o caso. “Nós sabemos da dificuldade e do controle que existem em qualquer compra de governo. Como um recurso tão alto foi liberado assim?”, indagou. “Está na hora desta Casa Legislativa começar a cumprir o seu papel de fiscalização”, completou. Ele também criticou o Governo de Pernambuco por pedir o sigilo da investigação no STJ.

Além disso, para Feitosa, a própria existência do Consórcio Nordeste é questionável. “Desde 2019, eu disse que esse grupo só se destinava a reunir nove governadores que queriam fazer política contra o Governo Federal, em vez de somar esforços e ajudar o Brasil".

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