quinta-feira, 26 de junho de 2014

PSDB cobra de Berzoini explicão para "caça às bruxas"


Líder do PSDB na Câmara dos Deputados, o baiano Antônio Imbassahy vai tentar convocar o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, para explicar na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Casa Legislativa a ação de funcionário seu para tentar identificar prefeitos do PMDB que aderiram ao movimento "Aezão", lançado este mês em apoio às candidaturas do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e do presidenciável Aécio Neves (PSB).
A denúncia de que o assessor da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Cássio Parrode Pires, enviou mensagem à assessoria de imprensa do PMDB no Rio de Janeiro pedindo a lista dos prefeitos que participaram do lançamento, no último dia 5 de junho, foi denunciada pela imprensa nesta quinta-feira (26).

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) também reagiu à denúncia, afirmando que é mais um exemplo do uso, por parte do PT, da máquina pública para fins políticos, e um sinal do ataque pesado que acontecerá nas eleições deste ano, especialmente em relação às candidaturas de oposição. “Isso não resolverá a eleição, não determinará o vencedor. Mas é, sim, um caso que faz de todos nós perdedores, porque joga contra a imagem da classe política. O que lamentamos muito, afinal, esperamos uma campanha baseada no debate, na discussão dos interesses nacionais”, afirmou o tucano.

O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, comentou que não participou do evento de lançamento do "Aezão", mas criticou a atitude. “Eu não participei no movimento do Rio de Janeiro, mas não concordo com esse método de perseguir quem participou”, disse.

O líder do PT na Câmara Federal, Vicentinho, saiu em defesa do ministro Berzoini e disse não ver qualquer ato que fira as relações republicanas no pedido de informação sobre os prefeitos que participaram do ato "Aezão", reagindo às críticas da oposição.

“Berzoini é um grande ministro, uma dos mais preparados e tem cumprido seu papel de azeitar as relações entre o governo e os políticos. Não vejo nenhum problema nisso, não fere o republicanismo, é mais um sopro da oposição. Se alguém tem que ser criticado, é esse lado do PMDB que não cumpre a deliberação da convenção nacional do partido que decidiu pelo apoio à presidente Dilma Rousseff. Não é uso da máquina, política se faz conversando, a toda hora”, ressaltou Vicentinho.

O assessor Cássio Parrode Pires tentou identificar o nome dos prefeitos peemedebistas que participaram de evento de apoio à candidatura de Aécio Neves no Rio de Janeiro. O ministro Ricardo Berzoini confirmou que sabia da operação conduzida por Cássio, que trabalha no Núcleo de Gestão da Informação, da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, que deveria reunir dados sobre os estados e municípios para ajudar o ministro e a presidente no processo de tomada de decisão em temas relacionados à Federação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário