segunda-feira, 4 de março de 2013

A HOMENAGEM DO BLOG HOJE VAI PARA TODOS OS ANJOS



Quando Deus criou os socorristas, estava no sexto dia de trabalho. Um anjo apareceu-lhe e disse: “Estás a ter muito trabalho com este…” Deus interrompeu-o: “Leste os requisitos deste pedido? Um socorrista tem que poder carregar uma pessoa ferida por uma colina molhada e íngreme acima, na escuridão; desviar-se de balas perdidas para localizar uma criança desarmada e ferida e entrar em casas em que nem um inspetor de saúde se aproximaria. Têm de erguer três vezes o seu próprio peso, rastejar em carros destruídos cujo espaço mal dá para se mexer e consolar a mãe aflita do bebé ao qual está a fazer RCP e que sabe que, talvez, nunca voltará a respirar. Ele tem que estar sempre em condições mentais excelentes, enquanto dorme aos bocados, alimentando-se de cafés e meias refeições. E tem que ter seis pares de mãos.” O anjo abanou levemente a cabeça e interrogou: “Seis pares de mãos?!” Disse Deus: “Não são as mãos que me causam problemas… São os três pares de olhos que um socorrista tem que ter! Um par que vê feridas que sangram abundantemente e que perguntam ao paciente se pode ser HIV positivo. O outro par é para a segurança do seu colega. O último par é para que possa olhar confiante para uma vítima que se esvai em sangue e dizer-lhe: Tenha fé, vai correr tudo bem!“. O anjo olhou o modelo do socorrista e perguntou: “E o socorrista ainda, assim, pode pensar?” “Podes apostar que sim!” – respondeu Deus – “Pode contar-lhe os sintomas de 100 doenças, desfibrilhar e fazer RCP ininterruptamente. E, apesar dos pesares, mantém o humor em seu dia-a-dia. Este socorrista também tem um controle fenomenal! Pode lidar com um politraumatizado, convencer um idoso amedrontado a destrancar a porta, confortar uma família de uma vítima de assassinato e depois ler no jornal diário como os socorristas não conseguiram localizar uma casa rapidamente deixando morrer uma pessoa. Uma casa cuja rua não tinha nenhum ponto de referência, número de porta ou telefone para se poder ligar.” Finalmente, o anjo baixou-se e passou o dedo na face do socorrista. “Há um vazamento!”, pronunciou. “Isso não é um vazamento” – disse Deus – “É um lágrima!“ “Para que serve a lágrima?”, perguntou o anjo. “É para engarrafar as emoções dos pacientes que eles tentaram salvar em vão, um compromisso para a vida, na esperança de que farão a diferença na hipótese de uma pessoa sobreviver”, respondeu Deus. “Você é um génio!”, disse o anjo. Deus olhou-o e disse: “Eu não pus a lágrima lá porque é sinónimo de fraqueza e antónimo de frieza, mas reconheço-a como uma conjunção de exteriorização de sentimentos”. Finalizou Deus: “Que seja criado, pois, o socorrista, como instrumento meu ao serviço da vida!“

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